terça-feira, 16 de novembro de 2010

Relatório de visita de estudo ao Museu Regional Rainha D. Leonor

A nossa Professora de Português organizou uma visita de estudo ao Museu Regional Rainha D. Leonor, assim sendo fomos lá no dia 27 de Outubro ás 10:15. Esta visita tinha como objectivo visualizar as diversas características da Arte Barroca que é falada na obra “Sermão de Santo António aos Peixes”, de Padre António Vieira, assim como para a nossa turma conhecer melhor o património cultural da região e identificar características do Barroco em diferentes formas de expressão artística.

No museu encontramos várias esculturas e pinturas do Barroco que o nosso “guia”, Dr. Leonel António Borrela, nos ia apresentando, dizendo as suas características, esclarecendo as nossas duvidas e respondendo ás nossas questões.

Começámos por ver umas peças antigas que estavam numas montras á entrada e depois fomos ver uma igreja que se encontra dentro do museu, onde estavam muitas decorações e monumentos do período Barroco. A peça que achei mais interessante foi um altar em mármore, pois era um monumento invulgar no período Barroco, como referiu o Dr. Leonel, junto ao altar também podíamos observar várias obras com talha dourada (uma das características do Barroco).

No final do museu observámos várias pinturas, e a mais interessante para mim foi o quadro “Alegoria Filosófica”, porque o quadro foi uma critica á sociedade e á igreja e achei a pintura muito interessante.

Concluindo, a visita foi muito interessante porque ao conseguir observar obras com características do período Barroco fiquei mais contextualizado sobre o período da obra “O Sermão de Santo António aos Peixes” e também aprendi várias coisas sobre este período.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Pero Vaz de Caminha

Pero Vaz de Caminha, filho de Vasco Fernades de Caminha e de Isabel Afonso, cresceu a sombra da Casa de Bragança em data desconhecida. Foi cavaleiro da Casa real. Do seu casamento com Catarina de Caminha nasceu uma filha, Isabel Caminha. Morreu na Índia ao serviço de Portugal, deixando como prova da sua presença nos tempos mais gloriosos de Portugal, uma carta: carta que enviou ao rei de Portugal, narrando a passagem da expedição de Pedro Álvares Cabral que levou por acidente ao achamento da Terra de Vera Cruz.

A carta de Pero Vaz de Caminha para o Rei D. Manuel I com as novas do achamento da Terra de Vera Cruz, Porto Seguro, 1 de Maio de 1500

Parte da carta do achamento

"A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, e é-lhes indiferente cobrir ou mostrar suas vergonhas. E procedem nisso com tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e neles metidos seus ossos brancos, verdadeiros, com o comprimento de uma mão travessa e da grossura dum fuso de algodão, e agudos na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço, e o que lhes fica entre o beiço e os dentes é feito como roque de xadrez, e de tal maneira o trazem ali encaixado que não lhes faz doer nem lhes estorva a fala, o comer ou o beber. Os seus cabelos são corredios e andavam tosquiados, de tosquia alta mais que de sobre-pente, de boa grandura e rapados até por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte para trás uma espécie de cabeleira de penas de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto, mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. E andava pegada aos cabelos, pena por pena, com uma confeição branda como cera, embora não o fosse, de maneira que a cabeleira ficava mui redonda e mui basta e mui igual, e não fazia míngua mais lavagem para a levantar."

Carta do achamento completa: http://www.portugal-linha.pt/brasil500/perovaz.html