- Brasão - Onde desfilam os heróis lendários e históricos construtores do Império, associados à fundação e às origens. Remetem para a conquista da Terra. Simboliza o nascimento da Pátria ("Ulisses", "D. Dinis", "D.Fernando").
- Mar Português - Onde surgem poesias inspiradas na ânsia do Desconhecido e no esforço heróico da luta com o Mar. Exalta heróis e momentos dos Descobrimentos. Salienta a grandeza do sonho convertido em acçao, unifica o acto humano com a vontade de Deus (concepção messiânica da história)("O Infante", "O Mostrengo", "Mar Português", "Horizonte"). Simboliza a vida adulta da Pátria.
- Encoberto - Onde apresenta o Império moribundo, onde o caos reina e Portugal vive numa crise profunda. Contudo, o poeta considera que é Hora de despertar para a construção de um novo Império diferente dos anteriores: o Quinto Império, um reino de liberdade, sem fronteiras geográficas ou politicas, um Império de natureza cultural e linguística. Neste sonho, a cultura e a língua de Portugal deverão ser o centro e o pólo dinamizador de um vasto Império cultural (profecia). Simboliza a Morte da Pátria, nao um fim absoluto, mas encerrando o gérmen da ressurreição.
O livro estrutura-se em torno de 3 conceitos fundamentais:
- Herói - Aquele que interpreta a vontade divina, actuando para dar cumprimento a uma vontade que lhe é superior, tranformando-se em mito. É o predestinado, o escolhido, aquele a quem Deus dá a espada ungida para cumprir a sua missão ("Deus quer, o homem sonha, a obra nasce").
- Sebastianismo - Pessoa evoca as raízes do passado e defende o renascer de um nacionalismo profético voltado para o futuro com fé, crença e esperança.
- Quinto Império - Este conceito liga-se ao sebastianismo e remete para o renascer de um Império espiritual e eterno.
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