sábado, 14 de abril de 2012

Os Lusíadas - Estrutura Interna e Externa


Título: Lusíadas - significa 'Lusitanos', ou seja, são os próprios lusos, em sua alma como em sua ação.

Estrutura Externa d'Os Lusíadas:

A obra divide-se em dez partes, às quais se chama cantos. Cada canto tem um número variável de estrofes (em média de 110). O canto mais longo é o X, com 156 estrofes.
As estrofes são oitavas, portanto constituídas por oito versos. Cada verso é constituído por dez sílabas métricas; nas sua maioria, os versos são heróicos (acentuados nas sextas e décimas sílabas).


O esquema rimático é o mesmo em todas as estrofes da obra, sendo portanto, rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos (AB-AB-AB-CC).

Estrutura interna d'Os Lusíadas:

   1 - As partes constituintes:

Os Lusíadas constroem-se pela sucessão de quatro fontes:

  1. Proposição – parte introdutória, na qual o poeta anuncia o que vai cantar (Canto I, estrofes 1-3);
  2. Invocação – pedido de ajuda as divindades inspiradores (A principal invocação é feita as Tágides, no canto I, estrofes 4 e 5, ás Ninfas do Tejo e do Mondego, no canto VII 78-82 e, finalmente, a Calíope, no Canto X, estrofe 8);
  3. Dedicatória – oferecimento do poema a uma personalidade importante. (Esta parte, facultaria, pode ter origem nas Geórgicas de Virgílio ou nos Fastos de Ovídio; não existe em nenhuma das epopeias da Antiguidade);
  4. Narração – parte que constitui o corpo da epopeia; a narrativa das acções levadas a cabo pelo protagonista. (Começando no Canto I, estrofe 19, só termina no Canto X, estrofe 144, apresentando apenas pequenas interrupções pontuais).

   2 - Os planos narrativos:

Obra narrativa complexa, Os Lusíadas constroem-se através da articulação de três  planos narrativos, não deixando, ainda assim, de apresentar uma exemplar unidade de acção.
Como plano narrativo fuleral apresenta-nos a viagem de Vasco da Gama à India. Continuamente articulado a este e paralelo a ela, surge um segundo plano que diz respeito à intervenção dos deuses do Olimpo na Viagem. Encaixado no primeiro plano, tem lugar um terceiro, que é constituído pela História de Portugal, contada por Vasco da Gama ao rei de Melindo, para Paulo da Gama e por entidades dividas que vaticinam futuros feitos dos Portugueses.



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