Neste âmbito, Epicuro defendia que o homem deve procurar a felicidade e que a encontra em duas formas de prazer: o perene e o que está sujeito á alteração. O prazer é o equivalente à ausência de dor, sendo, portanto, esse o objectivo supremo do homem. A dor física é a mais fácil de eliminar, pois normalmente, pensava Epicuro, tem pouca duração; já a dor moral ou espiritual é mais difícil de dominar, pois está enraizada no homem e nem sempre se lhe conhecem as causas. É neste sentido que Epicuro procura explicar que as percepções, materiais ou espirituais, são sempre verdadeiras, o juízo que formamos acerca delas é que pode não ser.
Quanto à sua cosmologia e à sua física, defende, no fundamental, o atomismo materialista de Demócrito, o qual teria conhecido através de Nausífanes: tudo é composto por átomos, inclusivamente a alma, embora estes sejam mais subtis do que os do corpo.